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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Teoria de Vygotsky - Vygotsky e a ZDP - Vygotsky e a Motivação Escolar - A Relação Interfuncional entre Pensamento e Linguagem

Lev Semenovich Vygotisky






Vygotsky e a ZDP

 Vygotsky e a Motivação Escolar

Por: Bruno Santos


 Vygotsky foi um renomado psicólogo russo que aplicou-se no estudo das formas de aprendizagem, focalizando-as em seu caráter psicológico. O seu trabalho se volta mais para uma concepção sociocultural do desenvolvimento psicológico do indivíduo do que uma abordagem puramente biológica. Isso permitiu a ele ir a fundo na compreensão e natureza das funções psicológicas superiores. Uma de suas idéias consistiu na quebra do paradigma até então aceito pela maioria dos cientistas de que o desenvolvimento psicológico era fruto de um processo que ocorria no interior do sujeito, de forma subjetiva. Vygotsky substitui essa noção mostrando que o desenvolvimento psicológico começa pela interação interpsicológica para depois intrapsicológica.
 O enfoque sociocultural do desenvolvimento psicológico foi considerado por Vygotsky uma forma mais plausível de se compreender os fenômenos de aprendizagem. Ele acreditava que o desenvolvimento era um processo evolutivo e que as funções psicológicas superiores – como a atenção, a memória, o pensamento, por exemplo -, se dava a partir de um plano interpsicológico de desenvolvimento (ou seja, através da interação da criança, no caso, com o outro). A partir dessa idéia, nasce a concepção de Zona de Desenvolvimento Proximal, que elucida a distância entre o desenvolvimento real (aquele que torna o indivíduo capaz de enfrentar situações aplicando seu conhecimento de maneira autônoma) e o desenvolvimento potencial (aquele que o indivíduo possui, mas que encontra-se em processo).
 Em síntese, a Zona de Desenvolvimento Proximal é basicamente tudo aquilo que, em termos intelectuais, a criança pode adquirir com a ajuda de um suporte educacional qualificado.
 Vygotsky fala sobre dois estágios de formação pedagógica do indivíduo: um que se centra nas interações do mesmo com a família e o outro que se pauta nas interações com as instituições sociais de ensino, entre elas a Escola.
 Como a Zona de Desenvolvimento Proximal proposta por Vygotsky é aquela em que a criança engaja o aprendizado através da relação com outro (relação interpsicológica), poderíamos nos questionar: qual o papel da motivação nesse âmbito educacional? Quais os tipos de motivação existentes?
 Existem dois tipos claros de motivação: a motivação intrínseca (chamada também de pessoal ou inconsciente e representa o desejo interior de atingir algum objetivo ou satisfazer determinada necessidade; é a força psíquica que todos nós possuímos) e a motivação extrínseca (motivação caracterizada por fatores predominantemente externos; é conhecida também como motivação ambiental ou consciente). O professor tem um papel maior na motivação extrínseca, pois é ele quem deve produzir uma aula que desperte interesse nos alunos. A motivação intrínseca é fundamental porque dela depende todo o processo de aprendizagem. O aluno precisa estar motivado a aprender, embora nem sempre os motivos sejam o aprender em si.
Há também a perspectiva atribucional imposta aos alunos por si mesmos. Eles se auto-avaliam ou avaliam o que aprenderam a partir dos resultados concretos de suas ações ou tarefas. Esses resultados podem ser tanto negativos quanto positivos e se transformam no critério primeiro desses alunos, que se sentem ou bem sucedidos ou fracassados. O que mede a aprendizagem dos jovens é a balança do êxito. Esses juízos prévios acabam desmotivando alguns deles na maioria das vezes.
Como vimos, os alunos têm diversos métodos individuais de avaliação do que fazem ou produzem. Para a maioria deles, o que fazem precisa ser interessante, de pouco esforço e de alguma utilidade. Dessa forma, eles criam certo afeto pelo que foram designados a fazer, e isso os conduz até mesmo a bons resultados.
 Alguns psicólogos fazem uma notável distinção entre dois tipos de alunos: o que se empenha tendo como objetivo primeiro aprender e o que busca obter boas qualificações, notoriedade, aquele carregado com desejo de ganhar aprovação de outros, além de, em alguns casos, evitar castigos. Os alunos que se enquadram no primeiro tipo são os que traçam metas de aprendizagem e como resultado obtêm sempre bom desempenho, excelentes notas e motivação. Geralmente esses alunos estão sempre abertos às correções e não se frustram com facilidade. Os alunos que apenas se preocupam com resultados concretos e aparentes, quando recebem nota baixa ou não vêem êxito no que fizeram, se frustram e não extraem nada de bom com essa experiência, o que desmotiva-os.
 Além dos já citados, outros paradigmas povoam as mentes dos alunos, entre eles o conceito de inteligência. Alguns concebem a inteligência como algo dado por graça divina, algo herdado geneticamente e que é inalcançável para os que não foram contemplados. Isso fomenta as aceitações de erros como incapacidade. Esse tipo de coisa precisa ser tratado imediatamente, pois afeta muito a forma do aluno encarar a si mesmo como um ser que tenha competência para aprender apesar dos erros e fracassos.
 O que a Escola necessita fazer é concentrar esforços na motivação dos alunos. Isso impulsiona e ativa recursos cognitivos. A motivação deve – quase sempre – ser encarada como algo muito importante no processo de aprendizagem, a não ser quando haja excessos. As motivações tanto intrínseca quanto extrínseca em excesso trazem malefícios aos alunos. O que deve haver é um equilíbrio entre ambos.


Perfil do Autor

Nome: Bruno dos Santos Silva
Idade: 20 anos
Formação: Estudante de Letras da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Cidade: Feira de Santana
Estado: Bahia.
(Artigonal SC #1063195)
Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/educacao-artigos/vygotsky-e-a-motivacao-escolar-1063195.html

 A Relação Interfuncional entre Pensamento e Linguagem

Por: CAMILA MENDES TAVARES

VYGOTSKY, L.S."Pensamento e Linguagem" São Paulo: Martins Fontes, 1991. Vygotsky foi professor e pesquisador, contemporâneo de Piaget, nasceu na Bielorussia em 1986. Viveu na Rússia e morreu de Tuberculose aos 37 anos. Foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Publicado em 1934, Pensamento e Linguagem foi o último livro do autor. Nessa obra Vygotsky analisa de modo original as relações entre pensamente e linguagem.
O primeiro capítulo retrata o problema e a abordagem. Segundo Vygotsky (1934) é de suma importância ter a compreensão interfuncional entre Pensamento e Linguagem. O autor denuncia o estudo feito pela psicologia das funções isoladas. Para resolver essa problemática aponta dois métodos.No primeiro analisa a separação de um a um para estudo. Esse método não proporciona uma base adequada para estudo das relações concretas, leva as generalidades relativas a toda fala e pensamento.
O segundo método conserva todas as propriedades básicas do todo. Vygotsky enfoca que é no significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal. Para Vygotsky (1934, p. 5), "… uma vez que o significado da palavra é simultaneamente pensamento e fala, é nele que encontramos a unidade do pensamento verbal que procuramos.".
É importante mencionar também alguns problemas da linguagem, como relação entre o aspecto fonético da fala e o significado. Afirma que a separação enquanto objeto de estudo é uma das principais deficiências da psicologia. A análise em unidades indica o caminho para a solução dessa problemática. Segundo Vygotsky (1934, p. 7), "… o método utilizado neste estudo do pensamento e da linguagem é também um instrumento promissor para investigar a relação do pensamento verbal com a consciência com um todo".
A cerca dos estudos de Vygotsky na obra Pensamento e Linguagem é possível concluir que devemos nos atentar aos métodos para estudo das inter-relações. Percebendo a eficácia do método de análise em unidades, apresentado como a solução pelo autor, é possível relacionar e perceber a presença em vários processos ligados na rotina educacional.
Como futuras educadoras fazem-se necessário ter o domínio dessas relações, pois cada aluno apresenta uma necessidade diferente e conhecendo os métodos de Vygotsky é possível uma melhor construção de conhecimento de nossos futuros educandos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre (RS): Artes Médicas, 1998
LA TAILLE, Yves de; KOHL, Marta O.; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vigotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sóciohistórico (2a. ed.). São Paulo: Scipione, 1995.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Pensar a Educação: Contribuições de Vygotsky. In: Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1988. pp. 51-81
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky - Uma Perspectiva Histórico-CulturaL da Educação. Petrópolis: Vozes, 2007.

Perfil do Autor

Estudante de Pedagogia , 24 anos , tenho grande interesse pela área de Educação e acredito que só através dela mudamos o mundo em que vivemos. Acredito e tenho uma grande convicção da necessidade de uma reforma educacional.
(Artigonal SC #2544346)

1. O que significa aprendizagem para Vygotsky?

2. O que vem a ser a Zona de Desenvolvimento Real (ZDR)?

3. O que é a Zona de Desenvolvimento Potencial?

4. O que é a Zona de Desenvolvimento Proximal?

5. De acordo com Vygotsky, como deve ser constuído o processo de ensino e aprendizagem?

6. Para Vygotsky, qual é o único bom ensino?

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